Procura oportunidades de negócio no mundo das novas tecnologias?

Vivemos num mundo onde as inovações relacionadas com as novas tecnologias surgem em catadupa e a sua implementação é cada vez mais rápida. Assim, não há negócio que possa continuar a viver fora de um mundo digital. Para tal, nada como entrar na linguagem deste mundo e começar a familiarizar-se com expressões como economia circular, criptomoeda ou inteligência artificial.

Hoje em dia, pensar numa oportunidade de negócio no mundo da tecnologia, pode não ser projetar algo tão ambicioso como uma empresa de desenvolvimento de software ou de fabrico de hardware. Na verdade, uma empresa de tecnologia pode estender-se a diferentes áreas de negócio, mais ou menos complexas.

Se quer começar um negócio nesta área, é importante não só que tenha vocabulário, mas também que acompanhe as últimas tendências da tecnologia.

7 tecnologias que podem ser boas oportunidades de negócio

Tecnologia dos Alimentos (Food Tech)

Esta é uma área de enorme expansão por todas as razões. Todos precisamos de comer (mesmo quem não tem prazer em fazê-lo) e há um desafio cada vez maior – devido às alterações climáticas, mas também a outros factores como a sobrepopulação e as guerras – que têm como consequência directa a escassez de alimentos.

A Food Tech é uma área que envolve conhecimentos de química, bioquímica, farmácia e nutrição, tendo como objetivo desenvolver produtos de origem animal e vegetal recorrendo, por exemplo, à Internet das Coisas ou à Inteligência Artificial para modernizar a indústria agro-alimentar, tornando-a mais sustentável e eficiente e respondendo a desafios como o desperdício alimentar ou o impacto ambiental da produção de alimentos.

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Biotecnologia ou sustentabilidade

Para Steve Jobs, o visionário criador da empresa Apple, as grandes inovações do século XXI iriam estar relacionadadas com a ligação entre a tecnologia e a biologia e, como em muitas outras coisas, estava certo. Hoje em dia, existem cada vez mais áreas onde a biotecnologia assume um papel central, apresentando-se como uma das principais soluções para alguns dos maiores desafios globais relacionados com a saúde, a agricultura ou o ambiente.

Os estudos na área da biotecnologia já permitem criar remédios personalizados com base no ADN de pessoas específicas, abrindo novas possibilidades de medicina preventiva, especialmente na área do tratamento de cancro. Outra das possiblidades da inovação em biotecnologia é a produção de carne artificial, criada em laboratório, que pode ajudar a reduzir a quantidade de energia, água e terra utilizadas pela indústria pecurária. A produção agrícola e ambiental são outras duas áreas onde a biotecnologia tem já um papel importante, como no desenvolvimento de culturas mais resistentes a pragas e doenças, na produção agrícola com recurso a menos pesticidas, na criação de organismos biológicos com capacidade para decompor plásticos ou mesmo na criação de biocombutíveis.

Comércio online (E-commerce)

O e-commerce não é novo mas com a pandemia de covid-19 ganhou um novo fôlego e potencial de crescimento, uma vez que as pessoas, impedidas de sair e com o comércio fechado, se viraram para as lojas online.

Atualmente, não há marca ou empresa que não tenha criado a sua loja online ou esteja em vias de o fazer. Portanto, é possível não abrir um espaço físico e ter o seu negócio representado apenas online, numa loja de comércio electrónico, basta para isso ter uma ideia do que quer vender. Se quiser ser um agregador e ter uma plataforma de e-commerce como a Amazon, a sugestão é para que se foque num nicho de mercado.

Tecnologias de segurança e consultoria

Cada vez ouvimos mais falar de ataques cibernéticos, por isso os serviços de segurança e consultoria na área tecnológica nunca foram tão necessários como agora. Um negócio nesta área permite que faça consultoria, ajudando outras empresas a avaliar os seus sistemas de segurança, de maneira a protegerem-se de hackers e ataques cibernéticos. Se esta for uma área em que considera que é preciso demasiada formação e informação, outra em que pode prestar serviços é na consultoria e desenvolvimento das redes sociais de outras marcas. Com a viragem para o e-commerce, as marcas precisam de trabalhar a forma como interagem com os seus clientes e é aí que a sua empresa pode entrar: na gestão das suas redes sociais, gerindo os seus perfis e espalhando conteúdo pela Internet. O segredo para o sucesso está em manter-se constantemente actualizado sobre as últimas novidades e tendências nas redes sociais.

Realidade estendida ou XR

A tecnologia de Realidade Estendida (XR – Extended Reality) abrange as tecnologias de Realidade Aumentada, ou AR, e Realidade Virtual, ou VR. Segundo os especialistas, uma das muitas possibilidades oferecidas por esta nova tecnologia será a de poder ser utilizada para situações de aprendizagem imersiva, através da junção do mundo real, com o mundo virtual.

Além do setor da educação e formação, esta nova tecnologia poderá ser utilizada ainda para trabalho remoto, em campanhas de marketing, para fins de entretenimento ou mesmo para ajudar na compra e venda de imóveis.

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Inteligência artificial (AI)

O termo Inteligência Artificial (ou AI – Artificial Intelligence – em inglês) é usado para descrever tecnologias que permitem dotar as máquinas de capacidade de aprendizagem, através de visão computacional e processamento de linguagem natural, por exemplo. Apesar de já existir há bastante tempo, o seu potencial vai crescendo à medida que a tecnologia vai avançando.

Uma das vantagens claras da AI é a capacidade de aumentar a produção sem descurar a qualidade daquilo que se faz. A longo prazo, o objetivo é que através da AI as máquinas possam resolver novos problemas – o que terá um enorme impacto na indústria.

Impressão 3D

Uma das tecnologias mais interessantes desenvolvidas durante a última década é, sem dúvida, a impressão 3D, que permite aos utilizadores construir um objeto tridimensional a partir de um modelo de design criado por computador. Esta tecnologia já está a revolucionar a forma como se pensa e se constrói, desde a engenharia aeroespacial à área da saúde.

O Programa Inspiring Tech Safari da NOVA FCT

A Nova School of Science &Technology criou um programa para executivos inspirado na forma como as novas tecnologias estão a mudar o mundo. Chama-se Inspiring Tech Safari e tem como coordenadores Cecília Roque e António Grilo, diretor do centro de investigação UNIDEMI e do programa de doutoramento em Engenharia Industrial. Durante três dias, os participantes de Inspiring Tech Safari vão conhecer 16 cientistas e investigadores nacionais, e visitar alguns dos laboratórios da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova, com o objetivo de absorver o impacto da ciência e da tecnologia no universo empresarial.

Ana Rodrigo Gonçalves
Head of Innovation for Corporate Development

Conheça as novas tecnologias que estão a mudar o mundo

Nos dias de hoje, o risco de escrever sobre tecnologias disruptivas que estão a mudar o mundo é chegar ao final do texto e este estar já desatualizado porque, entretanto, já surgiu algo de novo!

Atualmente, vivemos um período em que as melhorias e as inovações tecnologias são cada vez mais rápidas e, muitas vezes, parecem saídas de livros ou de séries de ficção científica. Senão vejamos, a Inteligência Artificial (IA) já consegue criar imagens sem intervenção humana, já existe tecnologia na área da saúde que permite operar com muito pouca intervenção do cirurgião, isto, sem esquecer os exemplos que estão a ser aplicados ao mundo financeiro ou à indústria.

Ainda assim, vamos arriscar e dar a conhecer algumas inovações e projetos revolucionários que estão a contribuir para uma mudança de paradigma, não só na maneira como vivemos, mas como trabalhamos e comunicamos entre nós.

Sabemos que o sector científico e o tecnológico caminham de mãos dadas em busca de soluções, por exemplo, para a indústria e algumas das ferramentas usadas passam pela AI (Inteligência Artificial), robótica, computação quântica ou impressão 3D, por exemplo.

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6 tecnologias que já estão a mudar o mundo

Nanotecnologia

A nanotecnologia permite que a ciência e a tecnologia se foquem nas propriedades especiais dos materiais de tamanho nanométrico. O termo nanotecnologia é usado quando se refere ao estudo de manipulação da matéria numa escala atómica ou molecular, com o objetivo de criar novos materiais, produtos e processos. A nanotecnologia pode, por exemplo, ser usada no campo da saúde, criando partículas que podem combater as células cancerígenas sem atacar as saudáveis, no campo da beleza e do bem-estar, melhorando produtos como os protetores solares, ou no campo da indústria, criando microprocessadores mais duráveis. Estes são apenas alguns exemplos do muito que é possível fazer a partir da nanotecnologia.

Inteligência artificial (AI)

A ideia da inteligência artificial (AI, a sigla inglesa para Artificial Intelligence), ou seja, a capacidade de pôr máquinas a executar tarefas mais complexas que, à partida, só o ser humano seria capaz de fazer, saiu certamente do reino da ficção científica.

Alguns exemplos: a capacidade de tomar decisões, o reconhecimento da voz ou perceção visual. Uma das vantagens claras da AI é a capacidade de aumentar a produção sem descurar a qualidade daquilo que se faz. A longo prazo, o objetivo é que através da AI as máquinas possam resolver novos problemas – o que terá um enorme impacto na indústria.

Computação quântica (Quantum Computing)

Um quantum, na física, é a menor quantidade de qualquer grandeza física envolvida numa interação. Geralmente, refere-se a propriedades de partículas atómicas ou subatómicas (por exemplo, os eletrões, fotões e neutrinos). Ora, os computadores quânticos aproveitam o comportamento da física quântica e aplicam-na à computação, o que é uma inovação face aos métodos de programação tradicionais porque, desta forma, é possível superar os atuais supercomputadores, uma vez que o processamento é muitíssimo mais rápido, permitindo resolver de forma mais célere e eficiente problemas que os tradicionais computadores não conseguem porque são mais limitados.

Criptomoeda

Não existe uma organização emissora ou reguladora de criptomoeda. Contudo, estas moedas são transacionadas de maneira digital ou virtual e de forma protegida pois é usado um sistema descentralizado para registar as transações e emitir novas unidades. Não é possível falar em criptomoeda sem referir a tecnologia Blockchain. Trata-se de um banco de dados que armazena informações em formato digital, eletronicamente, e que é compartilhado entre uma rede de computadores. Esta tecnologia é conhecida pelo seu papel fundamental em sistemas de criptomoedas porque permite manter um registo seguro das transações.

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Internet das Coisas (IoT)

O termo mais correto para definir a forma como, no nosso dia-a-dia, temos diferentes instrumentos ou eletrodomésticos ligados entre si ou ligados à Internet seria: Internet nas Coisas, porque se tratam de “coisas” que estão ligadas à Internet. Mas o que prevaleceu foi: Internet das Coisas (IoT, a sigla inglesa para Internet of Things). Um exemplo concreto e mais próximo de todos é o facto de termos vários ecrãs – do smartphone à televisão – que podem estar ligados entre si, graças à Internet. Outro exemplo de conectividade é o forno da cozinha, que se pode ligar antes de se chegar a casa, graças à ligação de Internet que tem com o utilizador do forno; ou o frigorifico que pode avisar quando um produto está fora de validade ou sugerir receitas para os produtos que tem armazenados.

Impressão 3D

São cada vez mais os exemplos de projetos reproduzidos e, ao mesmo tempo, funcionais, elaborados graças à impressão 3D (a possibilidade de imprimir em três dimensões), de um chapéu ou par de sapatilhas, a uma arma, passando pela construção de um edifício – tudo produtos prontos a usar. A impressão 3D é a possibilidade de construir um modelo tridimensional com rapidez e isto veio revolucionar a forma como se pensa e se constrói, desde a engenharia aeroespacial à área da saúde.

O Programa Inspiring Tech Safari da NOVA FCT

A Nova School of Science &Technology criou um programa para executivos inspirado na forma como as novas tecnologias estão a mudar o mundo. Chama-se Inspiring Tech Safari e tem como coordenadores Cecília Roque e António Grilo, diretor do centro de investigação UNIDEMI e do programa de doutoramento em Engenharia Industrial.

Durante três dias, os participantes do Programa Inspiring Tech Safari vão conhecer 16 cientistas e investigadores nacionais, e visitar alguns dos laboratórios da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova, com o objetivo de absorver o impacto da ciência e da tecnologia no universo empresarial.

Ana Rodrigo Gonçalves
Head of Innovation for Corporate Development

Agile – Porque as grandes empresas utilizam esta metodologia?

Criada no início dos anos 2000, depois de um manifesto elaborado por um conjunto de 17 programadores americanos, a metodologia Agile procura tornar “ágeis” os processos relacionados com a gestão de projectos (project management), permitindo que as equipas respondam de uma forma mais rápida, eficaz e flexível aos desafios propostos pelos clientes (ou pelos consumidores). Trata-se de uma abordagem iterativa de gestão que ajuda a potenciar esse trabalho de forma “ágil”, daí o nome, chegando mais rapidamente a resultados que se esperam ser bem sucedidos no mercado.

O sucesso da metodologia Agile

A metodologia Agile responde a quatro princípios e estes permitem compreender por que as grandes empresas mundiais utilizam esta forma de trabalho. Primeiro: mais importante do que os processos e as ferramentas são os indivíduos e a interacção. Segundo, é importante que o trabalho desenvolvido dê resultado e isso é mais relevante do que a documentação criada para o efeito, embora essa traga valor ao projecto.

Terceiro, a colaboração do cliente é mais importante do que a negociação dos contratos, ou seja, as equipas devem trabalhar em conjunto com o cliente, uma vez que têm o mesmo objectivo: que o projecto desenvolvido funcione. E, por fim, o quarto ponto desta metodologia é o desafio de responder rapidamente às mudanças, mais do que seguir escrupulosamente um plano, ou seja, as equipas devem aprender com as informações e reacções que recebem, de modo a poder adaptar o plano em qualquer altura, para conseguir responder rapidamente ao mercado.

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A importância do Agile Project Management para a satisfação do cliente

Para quem usa a metodologia Agile na gestão de projecto ou project management, a sua importortânica é óbvia: satisfação do cliente através da gestão, desenvolvimento e aplicação prática, aceitando as mudanças, mesmo que já se esteja no final do projecto e adaptando-se. Os processos ágeis adequam-se às alterações, de modo a que o produto possa ser mais competitivo. Por isso, estes são projectos que podem ter semanas ou meses, poucos, nunca anos, porque quanto mais prolongado, mais mudanças pode sofrer.

Uma equipa que trabalha segundo o Agile Project Management deve manter um diálogo activo e permanente com o cliente, contribuindo também para a motivação e envolvimento de todos, já que, deste modo, a comunicação fluirá mais facilmente. No desenvolvimento e gestão destes projectos, o maior desafio é a sustentabilidade, ou seja, que a equipa de desenvolvimento e o cliente sejam capazes de manter este ritmo indefinidamente, sem descurar a excelência em todos os parâmetros (por exemplo, do design do protótipo ao produto final, sem descurar os processos para lá chegar). Por fim, é essencial reflectir sobre o trabalho feito, analisando os pontos negativos e positivos, de maneira a ajustar comportamentos, tornando o trabalho futuro mais eficiente.

Quais são as grandes empresas que usam a metodologia Agile?

Empresas como Amazon, Apple, Google, Microsoft e IBM ou Spotify e Netflix usam os princípios Agile na gestão de projectos – o Agile Project Management – e é isso que as faz destacar entre os milhões de empresas existentes no mundo. Aliás, seguindo o seu rasto, são cada vez mais as companhias que adoptam o Agile Project Management. Afinal, como escreve a revista Forbes, é verdade que todas as empresas de sucesso estão focadas no cliente. Contudo, os princípios Agile exigem mais do que isso, pois significa “fazer o que for necessário para agregar valor ao cliente”, ou seja, estar disposto a mudar os processos, sistemas, metodologias e práticas existentes. No mundo dos princípios Agile, “o foco no cliente não é apenas um slogan, é uma obsessão contínua e consistente em toda a organização”; aponta a Forbes.

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Nestas empresas, as equipas estão focadas no cliente e como o trabalho é feito de forma iterativa com interacção contínua, as organizações podem actualizar constantemente o que fazem, às vezes, quase em tempo real, o que é um ganho em termos de produtividade. Quando a metodologia é bem aplicada – do executivo ao project manager –, todos contribuem para gerar valor quer para o cliente quer para o consumidor final porque se trabalha de uma forma mais inteligente, focado no desempenho e conseguindo fazer mais em menos tempo, gerando valor.

Actualmente, existe uma minoria de empresas que não aplicam esta prática no desenvolvimento dos seus projectos – o Agile Project Management pode ser usado não só nas marcas digitais e tecnológicas, mas também nas empresas mais tradicionais.

Formação em Agile na NOVA FCT

A Pós-Graduação em Agile Project Management da Nova School of Science & Technology sublinha como esta abordagem revolucionou a gestão de projetos de tecnologia de informação e como a taxa de sucesso no desenvolvimento de software aumentou consideravelmente, melhorando, por um lado, a qualidade e a rapidez de resposta ao mercado e, por outro, a motivação e a produtividade das equipas que aplicam esta metodologia.

A pós-graduação em Agile Project Management, desenvolvida numa parceria com a Scopphu, uma consultora especializada em formação, mentoria, consultoria e agile people, tem como objectivo a partilha de conhecimentos das diversas práticas e ferramentas do Agile. Esta formação destina-se a um público abrangente: executivos, gestores de projecto, analistas de negócios, administradores de bases de dados, arquitectos de soluções e arquitectos empresariais, assim como project managers e team leaders.

Ana Rodrigo Gonçalves
Head of Innovation for Corporate Development

Blockchain: Conheça as últimas tendências – DeFI, NFT’s, DAO’s e Metaverso

Criada no início dos anos 1990, pelos investigadores norte-americanos Stuart Haber e W. Scott Stornetta, a tecnologia Blockchain só ganhou importância quando foi posta em prática com o lançamento da Bitcoin no início de 2009. O Blockchain é um banco de dados que armazena informações em blocos (daí o nome “block”), em formato digital e que é compartilhado entre uma rede de computadores. Esta tecnologia é conhecida pelo seu papel fundamental em sistemas de criptomoedas, mas não só.

A inovação que a tecnologia Blockchain trouxe ao mercado das transacções é que garante a fidelidade e segurança de um registo de dados, logo, gera confiança porque uma vez introduzido o dado, esse não pode ser alterado.

O que é a DeFi?

Além das criptomoedas, há uma série de tendências nesta área financeira e de investimento, como as DeFi, NFT’s, DAO’s e Metaverso. Começando pela primeira, DeFI é a sigla em língua inglesa para “Decentralized Finance”. Trata-se de uma tecnologia financeira baseada em registos seguros, semelhantes aos usados com a criptomoeda, e que permite ao consumidor ter, por exemplo, o seu dinheiro numa carteira digital, em vez de estar no banco ou noutra empresa financeira (a chamada Centralized Finance), onde seriam cobradas taxas por esses serviços. Assim, basta ter uma ligação à Internet para poder usar esses bens, que podem ser transferidos em segundos.

Em termos práticos, o que acontece é que não há intermediários. Por exemplo, quando pagamos uma compra de supermercado com o tradicional cartão, a cobrança vai do retalhista para o banco, que encaminha os dados do cartão para a rede de cartões, e esta depois reenvia para o retalhista. Em todo este processo, cada uma das entidades recebe um pagamento pelo seu serviço. No caso das DeFi não há intervenção de terceiros. Contudo, isso significa que não há anonimato e que as transacções, embora não tenham o nosso nome, podem ser rastreáveis, tal como acontece com a criptomoeda, e que podem ser seguidas por entidades como governos ou outras que existam para proteger os interesses de financeiros dos cidadãos.

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O que são os NFT’s?

Outra tendência são as NFT’s, a sigla em inglês para “Non Fungible Token”. Um token, em português é uma “ficha”, daquelas dos casinos, ou seja é um objecto a que é atribuído um valor. No mundo da tecnologia Blockchain, o tal arquivo de transações digitais, os NFT’s são unidades de dados digitais únicas que estão alojadas nesse arquivo e que são a representação digital de um activo, seja dinheiro, um investimento ou uma propriedade. Portanto, quem possui NFT’s é dono de algo e tem um certificado digital sobre essa coisa “não fungível”, ou seja, o seu valor não pode ser substituído por outro e é único.

Os NFT’s tem sido muito usados na arte, na compra de quadros, de músicas, de capas de discos ou outros. Por exemplo, um artista cria um trabalho digital – sublinhe-se que não precisa de ser físico – e vende-o, sem precisar de recorrer a terceiros, como um marchand. Actualmente, há trabalhos que atingem valores impressionantes. O comprador é dono da titularidade da versão original desse trabalho.

O que são DAO’s?

DAO’s é um novo tipo de organização autónoma e descentralizada, como revela o desdobramento da sigla: “Decentralized autonomous organizations”. A proposta é que possa ser utilizada sem qualquer intervenção humana, mas antes disso, vamos perceber como funciona. Mais uma vez, a base tecnológica para criar este tipo de organizações é a Blockchain porque permite uma distribuição segura e transparente dos dados, o que pode extravasar as relações humanas e evoluir para relações tecnológicas.

“The DAO” foi a primeira experiência prática de uma organização que conseguiu angariar 150 milhões de dólares num crowdfunding para investir em capital de risco. Para isso, as pessoas organizaram-se, em todo o mundo, sem precisarem de se conhecer (o que implica uma relação de confiança só possível graças à Blockchain, uma vez que se confia no código, a tal relação tecnológica, e não nas pessoas envolvidas). A ideia é que esse código seja totalmente transparente e seguro para todos os envolvidos. Contudo, no caso desta primeira experiência, feita em 2016, o código era frágil, foi pirateado e foram roubados 50 milhões de dólares. Mas actualmente, o DAO voltou a ganhar força e está a ser usado para investimentos, empréstimos, acções de solidariedade ou compra de NFT’s, sem a intervenção de terceiros.

O que é o Metaverso?

Há um ano, na Web Summit, a palavra “metaverso” foi das mais ouvidas, tudo porque o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, decidiu mudar o nome à empresa para Meta. Mas o metaverso não é novo e é um termo usado para falar da convergência de mundos físicos, virtuais e de realidade aumentada que já existam ou que possam vir a ser criados. O termo tem origem na junção da palavra “meta”, que significa “transcendente”, e “verso” de “universo”. A palavra foi criada pelo autor norte-americano de ficção científica Neal Stephenson, em 1992, para descrever um mundo virtual, com avatares e uma mistura com o mundo real.

Em termos práticos, o grande potencial do metaverso é a capacidade de, por exemplo, os profissionais de uma determinada área, poderem juntar-se no mundo virtual para trabalharem em conjunto e o produto que criarem poder ser replicado no mundo real. Outra das aplicações do metaverso é precisamente na área das transacções, a possibilidade de as empresas venderem os seus produtos num mundo virtual.

Face à importância que estas tendências têm ganhado e o seu impacto, presente e futuro, na economia global, no mundo dos negócios e da sociedade em geral, a Nova School of Science & Technology criou um Programa para Executivos intitulado Crypto and the Blockchain Revolution com o objetivo de abrir as portas deste novo mundo aos participantes deste programa.

Saiba mais sobre o Programa Crypto and the Blockchain Revolution

Este programa foi construído para fornecer aos participantes um conjunto simplificado de fundamentos teóricos e práticos para ajudar a entender o impacto económico e social das tecnologias Blockchain.

Entre no mundo das Crypto e descubra como a tecnologia Blockchain está a agitar as finanças globais, negócios e comunidades sociais.

Ana Rodrigo Gonçalves
Head of Innovation for Corporate Development

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