Aprender a liderar o turismo e a hospitalidade em tempos desafiantes

O turismo e a hospitalidade vivem um paradoxo: nunca tiveram tanto peso na economia e na imagem de Portugal, mas nunca enfrentaram tamanha complexidade. A pressão da sustentabilidade, a disrupção tecnológica, a escassez de talento e a exigência de clientes cada vez mais informados obrigam-nos a repensar a forma como lideramos.

A aprendizagem ao longo da vida deixou de ser opção para se tornar condição de sobrevivência. O tempo é sempre escasso, mas dedicar parte dele à renovação de competências é hoje o investimento mais estratégico que um profissional pode fazer. Liderar sem reforçar habilidades é, inevitavelmente, ficar para trás.

A Pós-Graduação Leading Tourism & Hospitality da NOVA FCT responde a esta urgência. Mais do que acumular teoria, trabalha-se a aplicabilidade prática em áreas críticas para o futuro do setor:

  • Panorama digital e tecnológico, porque dados e inteligência artificial orientam decisões.
  • Gestão de riscos e liderança adaptativa, porque a incerteza deixou de ser exceção.
  • Design thinking e inovação centrada no cliente, porque é crítico redesenhar experiências memoráveis.
  • Património, cultura, gastronomia e saúde, porque é necessário ampliar o leque de motivações turísticas.
  • Sustentabilidade na gestão, porque é chave assegurar impacto económico, social e ambiental duradouro.

Este não é um mero exercício académico. É um programa que apela à transformação de desafios complexos em estratégias de sucesso. A 1.ª edição foi um sucesso e provou que o setor exige mais visão, competência e brio para trabalhar o presente e preparar bem o futuro.

O convite é simples: quem quiser liderar neste setor tem de escolher aprender mais, hoje. Porque não há milagres… A boa hospitalidade, que marcará o amanhã, será feita por profissionais capazes de transformar conhecimento em estratégia, planeamento e execução de serviços com alma.

 

Marta Sotto-Mayor

Coordenadora da Pós-Graduação Leading Tourism & Hospitality – Executive Education NOVA FCT

IA e Agile – Uma Parceria Natural

Quando Jeff Sutherland, que juntamente com Ken Schwaber criou o Scrum, lançou o desafio de “fazer o dobro do trabalho em metade do tempo”, muitos consideraram impossível. Hoje, esse objetivo parece até modesto. Não porque o movimento Agile tenha perdido relevância, mas porque a inteligência artificial (IA) está a transformar radicalmente a forma como trabalhamos.

O Agile surgiu como resposta a modelos pesados e rígidos, cujos processos, documentação e planos raramente se confirmavam. Para evitar e ultrapassar esse peso e essa rigidez, propôs adaptação contínua, foco no valor e equipas autónomas. Essa lógica mantém-se — e torna-se ainda mais essencial num mundo em que a velocidade e a complexidade aumentam exponencialmente.

É aqui que a IA entra como um agente de mudança. Já não falamos apenas de acelerar tarefas, mas de repensar como fazemos planeamento, execução e aprendizagem:

  • Planeamento adaptativo: as ferramentas de IA ajudam a analisar históricos de sprints e prever riscos, fornecendo insights mais rápidos e objetivos para a definição de prioridades;
  • Backlog inteligente: algoritmos para processamento de linguagem natural (NLP) podem sugerir melhorias nas user stories, identificar duplicações e até ajudar a classificar a complexidade;
  • Automatização do dia a dia: desde relatórios de sprint gerados automaticamente até assistentes integrados, a IA liberta tempo para o que realmente importa – colaboração e entrega de valor;
  • Aprendizagem contínua: dashboards com análises preditivas permitem às equipas identificar padrões de desempenho, antecipar bloqueios e ajustar práticas de forma mais informada;

A grande mudança não é a substituição de pessoas por máquinas, mas a criação de equipas aumentadas. Agile sempre foi sobre dar poder às pessoas, remover burocracia e adaptar-se em ciclos curtos. A IA leva essa visão mais longe, tornando cada ciclo mais rápido, mais eficiente e mais orientado a resultados.

Em vez de substituir o Agile, a IA reforça os seus princípios: adaptação constante, foco no valor e melhoria contínua. A promessa de “fazer o dobro em metade do tempo” não perdeu em nada a sua validade — apenas ganhou um novo e poderoso aliado.

 

 

André Carreiro

Coordenador da Pós-Graduação em Agile Project Management – Executive Education NOVA FCT

Empreender, um estilo de vida?

Falar de empreendedorismo é, muitas vezes, reduzir o conceito a competências técnicas, a traços de personalidade ou a iniciativas empresariais. Esta visão, embora útil, é limitada. Partilho aqui uma visão pessoal, resultante da “vida real”: a de entender o ato de empreender como o da criação de caminhos e de possibilidades, uma forma de estar na vida que se traduz na capacidade de identificar problemas (quem não os tem, como fonte de inspiração?), estudar possíveis alternativas para os resolver e mobilizar recursos para agir e encontrar uma solução adequada, ainda que não seja perfeita. Trata-se de um comportamento proativo e voluntário, um impulso para transformar o que existe numa realidade melhor (ou, pelo menos, com essa intenção!). Neste sentido, será que o empreendedorismo pode ser visto como um “estilo de vida”, que se pode desenvolver e praticar, e vice-versa, no cruzamento entre a “escola da vida” e a “vida na escola”? Deixo a inquietação.

Assim sendo, nos dias de hoje, há que reconhecer e enaltecer esta atitude empreendedora, que antecede o dito comportamento, envolvendo curiosidade, iniciativa pessoal, resiliência e um “compromisso sério” com a aprendizagem contínua. O lifelong learning surge aqui como a base para este comportamento: quem aprende, continuamente, estará preparado para agir, adaptar-se e inovar. E continuar a agir. Claramente, este processo não é neutro, exige uma reflexão crítica, autoconhecimento, desenvolvimento de competências e literacia tecnológica, isto é, uma espécie de “tecnologia comportamental” que combina competências humanas com a capacidade de integrar e usar tecnologia de forma ética, criativa e eficaz.

Esta “forma de estar” manifesta-se em diferentes contextos: no empresarial, sendo o empreendedorismo entendido aqui na perspetiva da criação de negócios e projetos próprios ou no intraempreendedorismo, num conceito menos “famoso” mas deveras importante, enquanto a capacidade de se inovar dentro de organizações já existentes, com “empreendedores dentro de casa” e nas equipas de trabalho; e, também, no académico: na interação e na troca de experiências e de conteúdo entre professores e alunos, com a necessidade real da existência de “momentos de aprendizagem”, cocriados, com a transferência de conhecimento a ser feita de forma fluída e com impacto. E não apenas para cumprir calendários.

Neste enquadramento, torna-se urgente repensar a educação empreendedora. Não se trata apenas de preparar futuros empreendedores e empresários, mas antes de formar pessoas (cidadãos) com pensamento crítico, capacidade de ação e abertura à experiência e à aprendizagem. A Escola (em todos os seus níveis de ensino) deve ser um espaço no qual o empreendedorismo é vivido como prática quotidiana e não como disciplina. Só assim criaremos as condições para a existência de uma Sociedade mais inclusiva, participativa e orientada para soluções. Se eu soubesse o que sei hoje e ainda andasse no Jardim-Escola…

 

Rita Oliveira Pelica

Chief Energy Officer & Founder da ONYOU

A Nova Era da Transformação Legal: Criar Talento para um Futuro que Já Chegou

Vivemos um momento charneira na história do Direito. A emergência de tecnologias disruptivas , da inteligência artificial generativa (AGI) à computação quântica, passando pela automação de processos jurídicos e análise preditiva, não é apenas um desafio técnico. É, acima de tudo, um desafio humano. E esse desafio exige uma resposta clara e ousada da educação: como formamos hoje os profissionais que ainda não existem, mas que serão essenciais para salvaguardar o futuro da justiça e dos serviços legais?

A transformação digital no setor jurídico não é uma previsão. É uma realidade em curso. As grandes sociedades de advogados e departamentos jurídicos corporativos já experienciam a pressão de novos modelos de negócio, exigências de compliance em tempo real, e uma regulação cada vez mais sensível à velocidade da inovação. Ao mesmo tempo, o ecossistema LegalTech/GovTech cresce, atrai investimento, mas também levanta interrogações sérias sobre a robustez ética e técnica das soluções que propõe , sobretudo quando estas têm impacto direto no acesso à justiça e na forma como os serviços legais são prestados, validados ou escalados.

Neste cenário, o papel da formação executiva adquire uma relevância crítica. Se a educação académica tradicional cumpre, e continuará a cumprir, o seu papel na formação de base, a verdade é que o ritmo exponencial da mudança exige modelos de aprendizagem igualmente exponenciais, modulares, multidisciplinares e recorrentes. Não se trata apenas de aprender uma nova ferramenta. Trata-se de repensar a função jurídica e o papel de todos os agentes do sistema de justiça num mundo onde dados, algoritmos e princípios jurídicos coabitam no mesmo ecossistema operacional.

Foi com esta visão que nasceu o programa executivo Legal Tech Management and Innovation Strategy, uma parceria da NOVA FCT Executive Education com o Instituto Inovalegal. Mais do que um curso, é uma proposta estratégica: criar um espaço de capacitação onde líderes, juristas, tecnólogos, gestores públicos e privados possam não apenas acompanhar, mas liderar a transformação legal com consciência, visão e agilidade, respeitando tanto a complexidade dos serviços legais como a delicadeza das estruturas de justiça.

Este programa responde a um vazio de mercado real: o da ausência de formação avançada que prepare os decisores jurídico, em todo o ecossistema, para uma era em que os desafios não têm precedentes, e as soluções também não os podem ter. Da inteligência artificial à governança digital, da ética à gestão de talento, este curso propõe conteúdos desenhados para a atualidade e com flexibilidade para se adaptar continuamente. Cada edição será única, porque vivemos tempos que exigem singularidade e resposta contínua.

Mais do que isso, este modelo formativo propõe uma abordagem transversal: não serve apenas escritórios de advogados e departamentos jurídicos empresariais, mas também as estruturas públicas e todos os cargos de gestão e chefia do sistema de justiça em sentido amplo, incluindo magistratura, notariado, conservatórias, reguladores e organismos que operam na primeira linha do acesso à justiça. Porque a

transformação jurídica é sistémica e, se queremos resultados sustentáveis, a capacitação também o deve ser.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, ao integrar este programa na sua Escola de Executivos, reforça o seu compromisso com a inovação aplicada, abrindo o Direito às linguagens e ferramentas da ciência e da tecnologia, e contribuindo assim para uma justiça mais preparada, mais humana e mais eficaz e para serviços legais mais responsivos, confiáveis e tecnicamente sólidos.

Num tempo em que tudo muda com rapidez, o verdadeiro desafio não é apenas tecnológico, é pedagógico, ético e estratégico. E para o enfrentar, precisamos de investir no talento. No talento que existe, que representa um legado a proteger e, sobretudo, no talento que ainda está por criar e que representa uma oportunidade real para todos independente da fase da carreira onde se encontrem.

“Direito, hoje – e com que sentido?”

Esta pergunta, lançada pelo Professor José Alberto dos Reis Castanheira Neves, marcou-me profundamente quando a li pela primeira vez, ainda aluna.

Mais de vinte anos depois, percebo com nitidez: o que antes era uma reflexão necessária, hoje é uma urgência vital.

 

Marisa Monteiro Borsboom

Promotora e Coordenadora do Programa Legal Tech Management and Innovation Strategy – NOVA FCT Executive Education,

Advogada, Fundadora do Instituto Inovalegal, Co-Presidente da APLT, Co-fundadora da AI2L e VP da European Legal Tech Association

Dessalinização– atividade emergente da economia azul– oportunidades e desafios

Água é vida – fonte de desenvolvimento sustentável e de prosperidade. Porém a sua disponibilidade e distribuição é notavelmente desigual. Em algumas regiões, a água abunda e é utilizada de forma insustentável – como se não tivesse qualquer valor. Em outras regiões, a sua escassez é atroz para pessoas e comunidades, tendo a capacidade de gerar conflitos e de promover migrações.

A possibilidade de produzir água doce a partir de água do mar, água salobra ou águas residuais – processo conhecido como dessalinização – constitui uma das possíveis ações para enfrentar o desafio da escassez de água e da (in)segurança hídrica.

A dessalinização é atualmente considerada uma atividade emergente da economia azul, em paralelo com a biotecnologia azul e as energias renováveis oceânicas.

Importa sublinhar, que o recurso à dessalinização deve ser considerado, depois de avaliadas todas as outras possibilidades, incluindo a correta gestão dos sistemas de armazenamento e distribuição de água, assim como a análise e identificação das respetivas perdas.

Não menos importante, é prioritário investir a montante e de forma preventiva, promovendo a economia circular – eliminando o lixo e a poluição; circulando produtos e materiais até ao máximo do seu limite; e regenerando a natureza. Particularizando para a situação de escassez da água, é fundamental – em qualquer caso e de forma permanente e consistente – investir na alteração de comportamentos e na utilização sustentável da água, através da consciencialização das pessoas e da regulação do seu uso, mesmo que em simultâneo com qualquer solução de engenharia e de infraestruturas.

 

O presente artigo, da autoria de Álvaro Sardinha – fundador e diretor do Centro de Competência em Economia Azul (C2EA) – foi elaborado em março 2025, no âmbito do projeto de avaliação defendido na unidade curricular Tourism and Sustainable Water Use Supply, Demand, and Security, da pós-graduação Sustainable Strategies for Tourism Hospitality, realizada pela NOVA Executive Education – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Os conteúdos apresentados são também enquadrados e desenvolvidos, nos vários módulos do Programa de Liderança e Especialização em Economia Azul (PLEA), realizado pelo C2EA.

 

Álvaro Sardinha

Fundador e CEO – Centro de Competência em Economia Azul (C2EA)

Gestão Lean e Estratégia Empresarial: Uma Nova Visão para Líderes do Futuro

Num mundo empresarial cada vez mais competitivo e volátil, a capacidade de adaptação e eficiência tornou-se uma das competências mais valorizadas nas organizações. Neste contexto, a integração entre a Gestão Lean e a Estratégia Empresarial revela-se essencial para formar líderes preparados para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

A filosofia Lean, originária do Toyota Production Sistem, baseia-se na eliminação de desperdícios, melhoria contínua e foco no valor percebido pelo cliente. Aplicada inicialmente na indústria automóvel, a sua eficácia rapidamente se estendeu a outros sectores como os serviços, saúde, tecnologia e educação. Hoje, o Lean é mais do que uma metodologia operacional: é uma mentalidade estratégica.

Quando aliada à formulação e execução de estratégias empresariais, a Gestão Lean permite às organizações alinhar os seus objetivos de longo prazo com uma execução eficiente e flexível. Em vez de estratégias rígidas e de difícil implementação, o Lean promove decisões baseadas em dados, ciclos curtos de planeamento e uma cultura de aprendizagem constante. Esta abordagem não só aumenta a produtividade como potencia a inovação e o envolvimento das equipas.

A Pós-Graduação em Lean Management e Estratégia Empresarial surge como resposta à necessidade crescente de profissionais capazes de pensar estrategicamente e agir com agilidade. Estas formações preparam líderes que compreendem as dinâmicas dos mercados globais, dominam ferramentas de gestão Lean e sabem traduzir visões estratégicas em resultados concretos.

Além disso, o novo perfil de liderança exigido pelas organizações valoriza competências como pensamento sistémico, tomada de decisão baseada em evidências e capacidade de liderar mudanças. O líder do futuro não é apenas um gestor de processos, mas um facilitador de pessoas e inovação, alguém que inspira equipas a trabalhar de forma colaborativa e eficiente, sempre orientado para o cliente.

Investir numa formação que combina Lean Management com Estratégia Empresarial é, por isso, investir num futuro mais competitivo, sustentável e orientado para resultados. Trata-se de uma nova visão sobre a liderança, onde eficiência e estratégia caminham lado a lado.

 

Helena Navas

Professora da NOVA FCT

Investigadora do UNIDEMI

Lean Six Sigma: Eficiência, Qualidade e Ensino Baseado na Ciência para o Sucesso Empresarial

A metodologia Lean tem sido amplamente promovida como um caminho para a eficiência, redução de desperdícios e melhoria contínua. Contudo, à medida que as empresas enfrentam um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo, a combinação do Lean com o Six Sigma – dando origem ao Lean Six Sigma (LSS) – tem-se mostrado uma abordagem ainda mais eficaz.

Existem algumas universidades que surgem com formação precisamente neste contexto, proporcionando programas que não se limitam a ensinar técnicas de otimização de processos, mas que desafia os alunos a repensar a cultura organizacional. O verdadeiro valor do Lean está na sua capacidade de alinhar processos, pessoas e tecnologia com um propósito claro de geração de valor para o cliente – algo essencial numa economia onde a agilidade e a inovação são determinantes para o sucesso.

Nas melhores universidades, onde a ciência é um tema sério e o ensino é suportado por metodologias científicas, os programas de ensino devem garantir que os alunos desenvolvem um pensamento crítico e analítico, preparando-se para enfrentar desafios empresariais com base em dados concretos e processos estruturados.

 

Lean: A Eficiência como Pilar do Sucesso Profissional

O Lean, originado no Toyota Production System e possivelmente inspirado nos princípios produtivos de Henry Ford, tem como objetivo eliminar desperdícios e aumentar a eficiência. Para isso, foca-se na identificação e redução dos sete desperdícios mortais, que incluem:

  • Superprodução: Produzir além da demanda, resultando em excesso de inventário.
  • Espera: Atrasos entre etapas do processo ou aguardando materiais e equipamentos.
  • Transporte: Movimentação excessiva de materiais, aumentando o risco de danos.
  • Processamento excessivo: Etapas desnecessárias que não agregam valor ao produto.
  • Inventário: Estoque excessivo que pode levar a desperdícios.
  • Movimentação desnecessária: Deslocamentos inúteis de pessoas ou equipamentos.
  • Defeitos: Produtos ou serviços que não atendem aos padrões de qualidade.

 

Além destes, reconhece-se um oitavo desperdício fundamental: potencial humano não aproveitado, um erro comum em muitas organizações que não utilizam plenamente as competências dos seus profissionais.

Apesar de muitas empresas implementarem ferramentas Lean – como o Kaizen, 5S ou Value Stream Mapping – sem uma verdadeira mudança cultural, a formação oferecida pela Executive Education da NOVA FCT e pela The Lean Six Sigma Company Portugal procura evitar esse erro. Através de um formato b-learning, o programa combina teoria e prática, preparando profissionais e alunos para liderar processos de transformação com um pensamento sistémico e um compromisso contínuo com a melhoria.

 

Six Sigma: Redução da Variabilidade e Ensino Baseado em Ciência

Enquanto o Lean se foca na eficiência, o Six Sigma tem como principal objetivo minimizar defeitos e reduzir a variabilidade nos processos. Para isso, utiliza a abordagem DMAIC:

  1. Definir: Identificar claramente o problema ou oportunidade de melhoria.
  2. Medir: Coletar dados relevantes sobre o processo atual.
  3. Analisar: Examinar os dados para identificar as causas raiz dos problemas.
  4. Melhorar (Improve): Desenvolver e implementar soluções eficazes.
  5. Controlar: Monitorar o processo para garantir que as melhorias sejam sustentáveis.

 

A certificação Six Sigma segue uma estrutura semelhante às faixas nas artes marciais, variando de White Belt a Black Belt. Profissionais formados nesta metodologia tornam-se especialistas na análise e otimização de processos, garantindo qualidade e consistência na produção.

Assim como no ensino universitário, onde a metodologia científica orienta a aprendizagem e a resolução de problemas, o Six Sigma apoia-se em dados concretos para garantir que as decisões são tomadas com base na realidade e não apenas em perceções ou experiências individuais.

 

Lean Six Sigma: A Melhor Estratégia para o Sucesso

A combinação das duas metodologias dá origem ao Lean Six Sigma, que integra os princípios de eficiência do Lean com a abordagem analítica do Six Sigma. No entanto, para que esta implementação seja bem-sucedida, é essencial encontrar um equilíbrio entre os dois. Focar apenas na velocidade pode comprometer a qualidade, enquanto priorizar exclusivamente a eliminação de defeitos pode reduzir a eficiência.

Com o avanço da Indústria 4.0, a aplicação do Lean Six Sigma torna-se ainda mais relevante. Muitas organizações estão a digitalizar os seus processos sem uma visão estruturada, investindo em tecnologia sem garantir que ela realmente melhora a eficiência e qualidade. O Lean Six Sigma, quando bem aplicado, atua como um guia estratégico para a transformação digital, evitando investimentos mal direcionados e garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma inteligente e eficaz.

 

O Lean Six Sigma como Diferencial Competitivo para Profissionais e Alunos

Num mercado onde a eficiência e qualidade já não são diferenciais, mas sim exigências básicas, o verdadeiro valor do Lean Six Sigma está na sua capacidade de fomentar inovação e adaptabilidade. Empresas que adotam esta abordagem com sucesso tornam-se mais resilientes, ágeis e capazes de responder rapidamente às mudanças do mercado.

Qualquer formação nesta área deve refletir esta necessidade, formando profissionais e alunos que não apenas dominam as metodologias Lean e Six Sigma, mas que compreendem como transformar a excelência operacional numa vantagem competitiva sustentável.

A questão não é se uma empresa deve ou não adotar Lean Six Sigma. A verdadeira questão é: consegue uma empresa sobreviver sem ele no longo prazo?

 

Orlando Fontan

Head of Strategy & Innovation

NOVA FCT – EXECUTIVE EDUCATION

O Papel do Agile na Era da Transformação Digital… e não só.

“O maior impacto potencial vem do aperfeiçoamento da capacidade de selecionar os recursos mais valiosos, com base em ciclos de feedback.”

Gartner® Hype Cycle for Agile and DevOps, 2024

Vivemos num período de mudanças muito rápidas, em que a transformação digital deixou de ser uma opção para se tornar uma exigência. Empresas e organizações de todos os setores enfrentam o desafio de se adaptar rapidamente às novas tecnologias e às sempre crescentes expectativas dos clientes. Neste contexto, as metodologias Agile assumem um papel crucial, ao possibilitarem respostas rápidas e eficazes. Mas até que ponto estamos preparados para aproveitar este potencial?

Adotar o Agile vai muito além de implementar ferramentas tecnológicas ou de seguir um conjunto de práticas, como sprints ou retrospetivas. Trata-se de uma transformação cultural que exige uma constante colaboração, autonomia e um foco inabalável no valor entregue ao cliente. Entre nós, embora haja um interesse crescente na metodologia Agile, a mudança ainda é, em muitos casos, limitada por hierarquias tradicionais e o receio de alterar processos estabelecidos. Mas o que é uma limitação para as organizações é uma oportunidade para quem nelas trabalha, quer sendo um dos primeiros a adotar, quer desempenhando o imprescindível papel de catalisador da mudança.

As metodologias Agile não se aplicam exclusivamente ao setor tecnológico. Sectores como saúde, educação e administração pública têm beneficiado crescentemente da sua implementação, com impactos significativos na sua eficácia e na qualidade dos serviços prestados. E a verdade é que, se isso é verdade, também é verdade que todos os setores têm tido avanços tecnológicos assombrosos, beneficiando assim duplamente da adoção das metodologias Agile.

O Agile está, ele próprio, em constante mudança e evolução. As suas ideias centrais são flexíveis e adaptáveis, moldando-se às necessidades de diferentes culturas organizacionais, setores e objetivos estratégicos. Estes exemplos de sucesso global ajudam a ilustrar esse ponto:

  • A Tesla, uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo, tem adotado estas ideias, experimentando com elas para desenvolver a sua própria forma de usar o Agile. É, assumidamente, um dos ingredientes fundamentais do seu sucesso.
  • Na BMW, foi desenvolvida uma perspetiva de como se pode escalar o Agile e usá-lo para realizar uma transformação global da companhia de modo a acompanhar a evolução tecnológica e agilizar os processos. Sem preconceitos, sem ideias pré-definidas, num processo de aprendizagem e mudança contínua – e, como é frisado no artigo, “para sempre”.

Estes são casos muito recentes que demonstram o interesse no Agile numa escala global, mas o percurso tem vindo a construir-se ao longo do século XXI, com muito interesse por parte de empresas de renome, como a IBM, a Cisco ou a PwC, que publicam regularmente estudos e casos de sucesso em Agile. A Microsoft dedica páginas suas a explicar o que são estas metodologias, criando tecnologias que a suportam e que vão evoluindo com elas. A Google adotou as metodologias Agile para desafiar a sua cultura, promover transparência e eficiência, num processo que promove a transformação numa empresa que é ela mesmo um símbolo de transformação.

Como estas organizações compreenderam, face aos desafios que hoje se nos colocam, é imperativo promover programas que capacitem profissionais a compreenderem os princípios do Agile, a forma de pensar e agir que o suporta, procurando não apenas ensinar as técnicas e ferramentas, mas também cultivar uma mentalidade ágil, focada na adaptação, na inovação e na entrega de valor.

O Agile é mais do que uma metodologia, é uma abordagem transformadora que redefine a forma como inovamos, colaboramos e entregamos resultados.

André Carreiro
Diretor de Desenvolvimento Aplicacional, Consultor, Formador e Docente Universitário

O Poder Transformador da Ciência de Dados na Sociedade Atual

A Ciência de Dados está a transformar o mundo como o conhecemos. Desde a personalização de campanhas publicitárias até à previsão de epidemias, o impacto desta disciplina transcende o universo tecnológico, influenciando diretamente decisões sociais, económicas e até políticas. Mas será que estamos a tirar o máximo aproveitamento do seu potencial?

Como devemos observar?

A era dos dados começou de forma discreta, mas hoje os números são a base das maiores decisões estratégicas. Segundo a IDC, o volume de dados gerados globalmente duplicará até 2025 (Reinsel, Gantz & Rydning, 2018). Neste contexto, a Ciência de Dados emerge como a chave para navegar neste oceano de informação. A capacidade de transformar dados em insights acionáveis é um dos principais motores da inovação.

Um exemplo claro surge no setor da saúde. Algoritmos de aprendizagem automática estão a ser utilizados para prever surtos de doenças, enquanto técnicas de análise preditiva ajudam hospitais a optimizar os seus recursos. Durante a pandemia de COVID-19, o processamento de dados em larga escala permitiu identificar tendências de propagação do vírus e antecipar necessidades de ventiladores e camas de cuidados intensivos (Haleem, Javaid & Singh, 2020). Estas aplicações salvaram vidas e evidenciaram como a Ciência de Dados pode ser um aliado poderoso em emergências globais.

No setor financeiro, a análise de dados está a revolucionar o combate à fraude. Sistemas baseados em inteligência artificial monitorizam milhões de transações em tempo real, detetando padrões de atividade suspeita que escapariam ao controlo humano (LeCun, Bengio & Hinton, 2015). Além disso, as empresas estão a utilizar a Ciência de Dados para compreender melhor o comportamento dos clientes, promovendo serviços personalizados que aumentam a fidelização e melhoram a experiência do utilizador.

A indústria transformadora também está a beneficiar significativamente. Empresas de manufatura estão a implementar modelos preditivos para manutenção preventiva de máquinas, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência. Um exemplo é o setor automóvel, onde a análise de grandes volumes de dados recolhidos de sensores nos veículos permite prever falhas mecânicas e melhorar continuamente o design e a segurança (Manyika et al., 2011).

No entanto, a integração da Ciência de Dados na sociedade enfrenta desafios éticos e práticos. A privacidade é um dos temas mais relevantes. Escândalos recentes, como o caso da Cambridge Analytica, evidenciam o perigo de uma má utilização de dados, expondo fragilidades na forma como são recolhidos, armazenados e tratados (Cadwalladr & Graham-Harrison, 2018). Este cenário levanta questões urgentes: como podemos equilibrar inovação e privacidade? Será justo que os dados de um indivíduo sejam comercializados sem o seu consentimento explícito?

Outro obstáculo significativo é a desigualdade no acesso. Os países em desenvolvimento frequentemente carecem de infraestruturas e profissionais qualificados para beneficiarem desta revolução. A ausência de programas educacionais focados em literacia digital e Ciência de Dados agrava ainda mais esta lacuna. Sem uma ação coordenada e inclusiva, corremos o risco de perpetuar ou mesmo aumentar as desigualdades sociais e económicas entre nações e comunidades.

Para além disso, o mercado de trabalho também enfrenta desafios. A procura por cientistas de dados supera em muito a oferta, levando a um défice de talento que pode limitar a capacidade de inovação de muitas organizações (Davenport & Patil, 2012). Será necessário investir em formação especializada, bem como fomentar uma cultura de aprendizagem contínua, para preparar as próximas gerações de profissionais para o futuro.

O que podemos concluir?

A Ciência de Dados é, sem dúvida, um dos principais motores da transformação digital e social do século XXI. Com o seu potencial para resolver problemas complexos e promover avanços em diversas áreas, é uma ferramenta essencial para enfrentar os desafios do nosso tempo. Contudo, o seu impacto positivo só será plenamente alcançado se for utilizada de forma ética e inclusiva.

Governos, empresas e cidadãos têm um papel crucial na criação de um ecossistema que promova a transparência e a igualdade. As instituições governamentais devem reforçar regulamentações sobre privacidade e proteção de dados, garantindo que os direitos dos indivíduos são salvaguardados. As empresas precisam de adotar práticas responsáveis na recolha e utilização de dados, priorizando a confiança dos seus clientes. Já os cidadãos devem ser capacitados para compreender os seus direitos e participar ativamente no debate sobre o uso de dados.

Para além disso, a colaboração internacional será fundamental para democratizar o acesso à Ciência de Dados. É urgente investir em infraestruturas e programas educativos que permitam aos países em desenvolvimento acompanhar esta revolução tecnológica. Apenas através de uma abordagem global e coordenada será possível garantir que os benefícios da Ciência de Dados sejam partilhados de forma equitativa.

A questão não é apenas o que a Ciência de Dados pode fazer, mas como podemos garantir que beneficie a sociedade como um todo. Num futuro moldado pelos dados, cada decisão que tomamos hoje definirá o caminho que queremos seguir. Estamos dispostos a assumir a responsabilidade e a trabalhar em conjunto para criar um mundo mais justo e inovador?

 

Referências

Cadwalladr, C., & Graham-Harrison, E. (2018). Revealed: 50 million Facebook profiles harvested for Cambridge Analytica in major data breach. The Guardian. Retrieved from https://www.theguardian.com

Davenport, T. H., & Patil, D. J. (2012). Data Scientist: The Sexiest Job of the 21st Century. Harvard Business Review, 90(10), 70–76.

Haleem, A., Javaid, M., & Singh, R. P. (2020). Big Data Analytics for COVID-19 pandemic: A review. International Journal of Engineering Research and Technology, 13(6), 3194–3199.

LeCun, Y., Bengio, Y., & Hinton, G. (2015). Deep learning. Nature, 521(7553), 436–444.

Manyika, J., Chui, M., Brown, B., Bughin, J., Dobbs, R., Roxburgh, C., & Byers, A. H. (2011). Big data: The next frontier for innovation, competition, and productivity. McKinsey Global Institute.

Reinsel, D., Gantz, J., & Rydning, J. (2018). The digitization of the world: From edge to core. IDC White Paper.

Orlando Fontan, Head of Head of Strategy & Innovation – NOVA FCT Executive Education

A Primeira Conferência sobre Economia Azul na NOVA FCT: Um Marco para o Desenvolvimento Sustentável de Portugal

No dia 26 de junho, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa foi palco de um evento sem precedentes, a primeira conferência dedicada exclusivamente à Economia Azul. Organizada pela Formação Executiva da FCT NOVA, a conferência reuniu uma elite de especialistas, acadêmicos, industriais e políticos para discutir o aproveitamento sustentável dos vastos recursos marítimos de Portugal. Este encontro não apenas reafirmou a posição de Portugal como uma nação intrinsecamente ligada ao mar, mas também delineou o potencial imenso que o oceano oferece para o desenvolvimento económico futuro, sempre alinhado com a preservação ambiental.

 

Portugal e o Mar: Uma Conexão Histórica com Perspectivas Futuras

Portugal, uma nação com um legado marítimo de respeito, tem suas raízes históricas profundamente entrelaçadas com o oceano (Costa, 2017). A República Portuguesa, fundada em 1143, expande-se por uma área terrestre de 92.212 km², mas é na dimensão marítima que o país se revela um colosso europeu. A zona económica exclusiva (ZEE) de Portugal abrange cerca de 1.683.000 km², posicionando-se como uma das maiores da Europa (Sousa et al., 2018). Essa vasta área, subdividida entre o continente e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, totaliza aproximadamente 50.957 km² e representa um território repleto de oportunidades e desafios para a economia azul (Bessa, 2014).

 

Dinâmicas da Economia Azul: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação

A conferência explorou profundamente o potencial de setores como pesca e aquicultura, turismo marítimo, energias renováveis offshore, biotecnologia marinha e infraestruturas portuárias. Foi destacada a importância crítica da sustentabilidade nesses setores, conforme evidenciado por Silva e Santos (2019), que argumentam sobre a necessidade de harmonizar o crescimento económico com a conservação dos ecossistemas marinhos. A inovação tecnológica foi apontada como um vetor crucial para o desenvolvimento futuro, particularmente no que tange à energia renovável e à biotecnologia, áreas nas quais Portugal tem o potencial para se tornar líder global (Martins & Fernandes, 2020).

 

Impacto Económico: Academia como um Modelo

A aposta de Portugal na economia azul não é apenas uma escolha estratégica, mas também uma necessidade vital para o sustento do país e a preservação de seu património natural. Esta iniciativa reflete uma compreensão profunda de que o futuro económico de Portugal está intrinsecamente ligado ao seu passado e presente marítimo.

O envolvimento da academia, em especial a NOVA FCT, no fomento e liderança das discussões sobre economia azul evidencia uma abordagem pragmática e visionária, alinhada com as melhores práticas internacionais. Este compromisso com a sustentabilidade e inovação é um exemplo brilhante do papel que a educação superior pode desempenhar na transformação das bases económicas de um país.

O impacto económico deste setor é tangível e crescente. A economia azul tem o potencial de impulsionar significativamente o PIB português, criar empregos, fomentar a inovação e garantir a sustentabilidade ambiental. Setores como a energia renovável offshore e o turismo costeiro não apenas diversificam a economia portuguesa, mas também colocam o país na vanguarda da economia verde global.

O desenvolvimento desses setores, apoiado por políticas públicas eficazes e investimento em pesquisa e desenvolvimento, pode transformar Portugal num modelo de economia azul, demonstrando que é possível aliar crescimento económico com respeito e cuidado pelo ambiente marinho.

 

Política e Estratégia: Diretrizes para um Futuro Azul Sustentável

A conferência enfatizou a importância de uma política integrada que não só promova a economia azul, mas também assegure a proteção ambiental. A colaboração internacional, especialmente na gestão de recursos transfronteiriços e no cumprimento de diretrizes ambientais internacionais, foi apontada como essencial (Nobre, 2021). O papel dos decisores políticos em moldar um ambiente regulatório propício ao investimento e à inovação foi também discutido, com recomendações para políticas que incentivem a pesquisa e a sustentabilidade (Gomes & Lopes, 2022).

 

O Oceano como Patrimônio e Futuro

Esta primeira conferência sobre Economia Azul na NOVA FCT serviu não apenas para reiterar o compromisso de Portugal com um futuro sustentável, mas também para estabelecer um diálogo académico e profissional que, espera-se, continuará a influenciar as políticas e práticas no país e além. Portugal, com sua herança marítima singular e um presente de possibilidades ilimitadas no mar, está perfeitamente posicionado para liderar o caminho em direção a um futuro onde o oceano não é apenas uma fonte de recursos, mas também um bem cuidadosamente preservado para as futuras gerações.

Este evento não foi apenas um marco académico e profissional; foi um reafirmar da identidade marítima de Portugal e uma proclamação do seu potencial inexplorado. O futuro de Portugal, indubitavelmente ligado ao seu passado e presente marítimo, promete uma jornada de inovação, crescimento e sustentabilidade, guiada pelos princípios da economia azul.

 

Referências

  • Bessa, J. (2014). Mar territorial e ZEE de Portugal. Lisboa: Observatório do Mar.
  • Costa, H. (2017). O legado marítimo de Portugal. Porto: Edições Marítimas.
  • Gomes, C., & Lopes, R. (2022). Políticas para a economia azul em Portugal. Coimbra: Universidade de Coimbra Press.
  • Martins, A., & Fernandes, E. (2020). Tecnologia e inovação na economia azul. Lisboa: TecnoMar Editora.
  • Nobre, A. (2021). Gestão sustentável dos recursos marinhos. Porto: Editora Oceano.
  • Silva, P., & Santos, M. (2019). Sustentabilidade e desenvolvimento marítimo. Lisboa: Fundação para o Desenvolvimento Marítimo.
  • Sousa, L. et al. (2018). Economia azul: Oportunidades e desafios. Porto: Universidade do Porto Press.

 

Orlando Fontan
Senior Project Management | Speaker | Managing Partner at ConceptChange | Professor | Change Management & Transformation Specialist | Information Security | Risk Management | ISO 27001 Certified

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