Nos dias de hoje, o risco de escrever sobre tecnologias disruptivas que estão a mudar o mundo é chegar ao final do texto e este estar já desatualizado porque, entretanto, já surgiu algo de novo!
Atualmente, vivemos um período em que as melhorias e as inovações tecnologias são cada vez mais rápidas e, muitas vezes, parecem saídas de livros ou de séries de ficção científica. Senão vejamos, a Inteligência Artificial (IA) já consegue criar imagens sem intervenção humana, já existe tecnologia na área da saúde que permite operar com muito pouca intervenção do cirurgião, isto, sem esquecer os exemplos que estão a ser aplicados ao mundo financeiro ou à indústria.
Ainda assim, vamos arriscar e dar a conhecer algumas inovações e projetos revolucionários que estão a contribuir para uma mudança de paradigma, não só na maneira como vivemos, mas como trabalhamos e comunicamos entre nós.
Sabemos que o sector científico e o tecnológico caminham de mãos dadas em busca de soluções, por exemplo, para a indústria e algumas das ferramentas usadas passam pela AI (Inteligência Artificial), robótica, computação quântica ou impressão 3D, por exemplo.
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A nanotecnologia permite que a ciência e a tecnologia se foquem nas propriedades especiais dos materiais de tamanho nanométrico. O termo nanotecnologia é usado quando se refere ao estudo de manipulação da matéria numa escala atómica ou molecular, com o objetivo de criar novos materiais, produtos e processos. A nanotecnologia pode, por exemplo, ser usada no campo da saúde, criando partículas que podem combater as células cancerígenas sem atacar as saudáveis, no campo da beleza e do bem-estar, melhorando produtos como os protetores solares, ou no campo da indústria, criando microprocessadores mais duráveis. Estes são apenas alguns exemplos do muito que é possível fazer a partir da nanotecnologia.
A ideia da inteligência artificial (AI, a sigla inglesa para Artificial Intelligence), ou seja, a capacidade de pôr máquinas a executar tarefas mais complexas que, à partida, só o ser humano seria capaz de fazer, saiu certamente do reino da ficção científica.
Alguns exemplos: a capacidade de tomar decisões, o reconhecimento da voz ou perceção visual. Uma das vantagens claras da AI é a capacidade de aumentar a produção sem descurar a qualidade daquilo que se faz. A longo prazo, o objetivo é que através da AI as máquinas possam resolver novos problemas – o que terá um enorme impacto na indústria.
Um quantum, na física, é a menor quantidade de qualquer grandeza física envolvida numa interação. Geralmente, refere-se a propriedades de partículas atómicas ou subatómicas (por exemplo, os eletrões, fotões e neutrinos). Ora, os computadores quânticos aproveitam o comportamento da física quântica e aplicam-na à computação, o que é uma inovação face aos métodos de programação tradicionais porque, desta forma, é possível superar os atuais supercomputadores, uma vez que o processamento é muitíssimo mais rápido, permitindo resolver de forma mais célere e eficiente problemas que os tradicionais computadores não conseguem porque são mais limitados.
Não existe uma organização emissora ou reguladora de criptomoeda. Contudo, estas moedas são transacionadas de maneira digital ou virtual e de forma protegida pois é usado um sistema descentralizado para registar as transações e emitir novas unidades. Não é possível falar em criptomoeda sem referir a tecnologia Blockchain. Trata-se de um banco de dados que armazena informações em formato digital, eletronicamente, e que é compartilhado entre uma rede de computadores. Esta tecnologia é conhecida pelo seu papel fundamental em sistemas de criptomoedas porque permite manter um registo seguro das transações.
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O termo mais correto para definir a forma como, no nosso dia-a-dia, temos diferentes instrumentos ou eletrodomésticos ligados entre si ou ligados à Internet seria: Internet nas Coisas, porque se tratam de “coisas” que estão ligadas à Internet. Mas o que prevaleceu foi: Internet das Coisas (IoT, a sigla inglesa para Internet of Things). Um exemplo concreto e mais próximo de todos é o facto de termos vários ecrãs – do smartphone à televisão – que podem estar ligados entre si, graças à Internet. Outro exemplo de conectividade é o forno da cozinha, que se pode ligar antes de se chegar a casa, graças à ligação de Internet que tem com o utilizador do forno; ou o frigorifico que pode avisar quando um produto está fora de validade ou sugerir receitas para os produtos que tem armazenados.
São cada vez mais os exemplos de projetos reproduzidos e, ao mesmo tempo, funcionais, elaborados graças à impressão 3D (a possibilidade de imprimir em três dimensões), de um chapéu ou par de sapatilhas, a uma arma, passando pela construção de um edifício – tudo produtos prontos a usar. A impressão 3D é a possibilidade de construir um modelo tridimensional com rapidez e isto veio revolucionar a forma como se pensa e se constrói, desde a engenharia aeroespacial à área da saúde.
A Nova School of Science &Technology criou um programa para executivos inspirado na forma como as novas tecnologias estão a mudar o mundo. Chama-se Inspiring Tech Safari e tem como coordenadores Cecília Roque e António Grilo, diretor do centro de investigação UNIDEMI e do programa de doutoramento em Engenharia Industrial.
Durante três dias, os participantes do Programa Inspiring Tech Safari vão conhecer 16 cientistas e investigadores nacionais, e visitar alguns dos laboratórios da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova, com o objetivo de absorver o impacto da ciência e da tecnologia no universo empresarial.
Ana Rodrigo Gonçalves Head of Innovation for Corporate Development
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