2022-08-01
A quem se destina o programa executivo em impressão 3D na área da Saúde?
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Foi na década de 1990 que a impressão 3D chegou à área da saúde. Primeiro, começou-se por fazer implantes dentários e próteses personalizadas. Por volta de 2008 foi criada a primeira perna prostética recorrendo a este tipo de prototipagem. Em 2012, foi impressa a primeira mandíbula.

A impressão 3D na área da saúde permite não só visualizar a anatomia humana, mas também realizar modelos impressos, graças ao seu potencial e à introdução de novos materiais com que imprimir, como é o caso dos tecidos vivos.

Deste modo, esta tecnologia que antes já possibilitava que um dentista digitalizasse um dente partido para fazer uma coroa que encaixasse, permite, por exemplo, imprimir órgãos como um rim ou um fígado que correspondam à anatomia do doente, uma vez que um dos materiais que pode ser impresso é tecido vivo. De recordar que com a esperança média de vida a aumentar, são cada vez maiores os desafios para conseguir órgãos saudáveis e a solução pode passar por impressão de órgãos que possam ser introduzidos no corpo do doente.

O desenvolvimento desta tecnologia, cada vez mais personalizada e também rentável, vai continuar e espera-se o aumento do investimento na área de investigação, fazendo assim crescer a sua aplicação na saúde, adaptando-a a novos desafios. Um destes desafios está no ensino. Existem já hospitais universitários que recorrem a reproduções em 3D para que os futuros médicos possam treinar antes de terem um contacto com a realidade. Além da simulação, as faculdades de medicina podem também ensinar a replicar órgãos.

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A impressão 3D veio trazer desafios aos cirurgiões que podem recorrer a esta para, antes de uma intervenção cirúrgica, fazerem o planeamento da mesma, o que permite aos médicos reduzir as complicações que podem advir da intervenção, bem como melhorar as taxas de sucesso da cirurgia, sem esquecer o tempo que o doente pode passar na mesa de operações, que será seguramente mais reduzido, assim como o tempo de recuperação.

O Programa 3D Printing for Healthcare da NOVA FCT

A Nova School of Science & Tecnology, numa parceria entre a Nova Medical School e o FCT FabLab, e com o apoio da FAN3D (empresa especializada em impressão 3D/manufactura aditiva), propõe um programa executivo de 32 horas, entre aulas teóricas e práticas, de “Impressão 3D para a Saúde: do problema à solução”. Este curso destina-se a quem quer começar ou melhorar a sua prática clínica ou pedagógica, bem como a quem quer desenvolver competências na área do design e da impressão em 3D focada na saúde.

Uma vez que a impressão 3D pode ser aplicada em diversas áreas da saúde, da reabilitação à reumatologia, passando pela medicina dentária, ortopedia, reumatologia e cirurgia, muitos são os profissionais a quem este programa executivo interessa. Este não se destina apenas a professores (sejam de medicina ou de medicina dentária), nem a cirurgiões, mas a uma série de profissões ligadas à saúde.

Além dos ortopedistas e fisiatras, esta formação adequa-se a reumatologistas, neurocirurgiões, mas também a engenheiros biomédicos, bem como terapeutas ocupacionais. No caso da Engenharia Biomédica, esta é uma área que alia as ciências exactas e as ciências da saúde, desenvolvendo abordagens que podem ser aplicadas na prevenção, diagnóstico e terapia de doenças. Assim, esta é uma área do conhecimento que pode encontrar mais-valias na formação em prototipagem rápida.

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Esta formação consiste em 24 horas de aulas teóricas em que os alunos têm um enquadramento das potencialidades e limitações tecnológicas da impressão 3D, fazendo uma abordagem ao design e impressão na medicina. Além disso, têm ainda oportunidade de conhecer as tecnologias e os materiais com que podem trabalhar. Quanto às aulas práticas, o desafio é que, em oito horas, os interessados realizem um projecto final, aplicando à prática os conteúdos adquiridos nas aulas teóricas. Estas aulas decorrem nos laboratórios de fabricação digital.

No final, os participantes obtêm o Certificado de Aptidão de Competências Introdutórias ao Fabrico Aditivo pelo International Additive Manufacturin Qualification System (IAMQS).

Se pretender inscrever-se neste programa ou se tiver alguma questão relacionada com o mesmo, não hesite em fazer um pedido de contacto.

Ana Rodrigo Gonçalves
Head of Innovation for Corporate Development


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