A metodologia Lean tem sido amplamente promovida como um caminho para a eficiência, redução de desperdícios e melhoria contínua. Contudo, à medida que as empresas enfrentam um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo, a combinação do Lean com o Six Sigma – dando origem ao Lean Six Sigma (LSS) – tem-se mostrado uma abordagem ainda mais eficaz.
Existem algumas universidades que surgem com formação precisamente neste contexto, proporcionando programas que não se limitam a ensinar técnicas de otimização de processos, mas que desafia os alunos a repensar a cultura organizacional. O verdadeiro valor do Lean está na sua capacidade de alinhar processos, pessoas e tecnologia com um propósito claro de geração de valor para o cliente – algo essencial numa economia onde a agilidade e a inovação são determinantes para o sucesso.
Nas melhores universidades, onde a ciência é um tema sério e o ensino é suportado por metodologias científicas, os programas de ensino devem garantir que os alunos desenvolvem um pensamento crítico e analítico, preparando-se para enfrentar desafios empresariais com base em dados concretos e processos estruturados.
O Lean, originado no Toyota Production System e possivelmente inspirado nos princípios produtivos de Henry Ford, tem como objetivo eliminar desperdícios e aumentar a eficiência. Para isso, foca-se na identificação e redução dos sete desperdícios mortais, que incluem:
Além destes, reconhece-se um oitavo desperdício fundamental: potencial humano não aproveitado, um erro comum em muitas organizações que não utilizam plenamente as competências dos seus profissionais.
Apesar de muitas empresas implementarem ferramentas Lean – como o Kaizen, 5S ou Value Stream Mapping – sem uma verdadeira mudança cultural, a formação oferecida pela Executive Education da NOVA FCT e pela The Lean Six Sigma Company Portugal procura evitar esse erro. Através de um formato b-learning, o programa combina teoria e prática, preparando profissionais e alunos para liderar processos de transformação com um pensamento sistémico e um compromisso contínuo com a melhoria.
Enquanto o Lean se foca na eficiência, o Six Sigma tem como principal objetivo minimizar defeitos e reduzir a variabilidade nos processos. Para isso, utiliza a abordagem DMAIC:
A certificação Six Sigma segue uma estrutura semelhante às faixas nas artes marciais, variando de White Belt a Black Belt. Profissionais formados nesta metodologia tornam-se especialistas na análise e otimização de processos, garantindo qualidade e consistência na produção.
Assim como no ensino universitário, onde a metodologia científica orienta a aprendizagem e a resolução de problemas, o Six Sigma apoia-se em dados concretos para garantir que as decisões são tomadas com base na realidade e não apenas em perceções ou experiências individuais.
A combinação das duas metodologias dá origem ao Lean Six Sigma, que integra os princípios de eficiência do Lean com a abordagem analítica do Six Sigma. No entanto, para que esta implementação seja bem-sucedida, é essencial encontrar um equilíbrio entre os dois. Focar apenas na velocidade pode comprometer a qualidade, enquanto priorizar exclusivamente a eliminação de defeitos pode reduzir a eficiência.
Com o avanço da Indústria 4.0, a aplicação do Lean Six Sigma torna-se ainda mais relevante. Muitas organizações estão a digitalizar os seus processos sem uma visão estruturada, investindo em tecnologia sem garantir que ela realmente melhora a eficiência e qualidade. O Lean Six Sigma, quando bem aplicado, atua como um guia estratégico para a transformação digital, evitando investimentos mal direcionados e garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma inteligente e eficaz.
Num mercado onde a eficiência e qualidade já não são diferenciais, mas sim exigências básicas, o verdadeiro valor do Lean Six Sigma está na sua capacidade de fomentar inovação e adaptabilidade. Empresas que adotam esta abordagem com sucesso tornam-se mais resilientes, ágeis e capazes de responder rapidamente às mudanças do mercado.
Qualquer formação nesta área deve refletir esta necessidade, formando profissionais e alunos que não apenas dominam as metodologias Lean e Six Sigma, mas que compreendem como transformar a excelência operacional numa vantagem competitiva sustentável.
A questão não é se uma empresa deve ou não adotar Lean Six Sigma. A verdadeira questão é: consegue uma empresa sobreviver sem ele no longo prazo?
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